19 de dezembro de 2008

Starbucks e o café inflacionado

Demorei muito para entrar pela primeira vez em uma loja do Starbucks aqui em SP. E não por odiar a rede ou o estilo norte-americano de transformar o café especial em um grande modismo. Na verdade tenho ótimas lembranças do Starbucks.

Nos EUA um Starbucks é o mais perto que se pode encontrar de um bom café acessível em qualquer grande cidade. Claro que em lugares como Nova York, procurando, vc encontra nos bairros italianos uma boa cafeteria com um excelente espresso. Mas em Miami, em viagens de trabalho, o Starbucks sempre foi minha alternativa aceitável para tomar o espresso obrigatório da manhã.

Quando as primeiras lojas da Starbucks abriram em SP fiquei curioso de voltar ao ambiente. Não pelo café é claro, mas pelo ambiente mesmo que remete a boas lembranças das viagens pelos EUA.

Poucas semanas atrás uma loja da rede abriu a um quarteirão da minha casa em Moema. Agora não tinha mais desculpas para não visitar o Starbucks tupiniquim. E confesso que o primeiro choque já se sente antes mesmo de tomar qualquer uma das bebidas. O preço praticado pelo Starbucks no Brasil é mais do que restritivo, não tem sentido nenhum pelo que se compra.

Um Mocha pequeno no Starbucks custa R$ 9,10. (Wowww!!!)
Um Mocha do mesmo tamanho no Suplicy custa R$ 6,80.

E lembrando que pequeno é o menor tamanho no Starbucks. O Mocha até é gostoso, bem feito pela máquina. Mas não tem qualquer comparação com o feito pelos baristas das cafeterias da rede Suplicy de São Paulo, considerada um lugar de altíssimo padrão. O Starbucks cobra mais caro e tem planos de ser uma rede de alto consumo. Um McDonald´s das cafeterias de qualidade.

No Starbucks brasileiro o café espresso feito com grãos da Ipanema Coffees é exatamente igual ao espresso nas lojas em território norte-americano. Ou seja, é uma tristeza. Lá fora é o melhor que se pode encontrar. Mas aqui não faz sentido ir até o Starbucks pra tomar um cafezinho por R$ 2,90.

Observando detalhadamente o que chama a atenção é que até os copos de papel são importados dos EUA. Provavelmente está aí o segredo do preço salgadérrimo.

Por enquanto as lojas continuam cheias. Tenho observado pelo menos a que fica perto da minha casa constantemente ocupada de jovens. Mas e quando o modismo passar? Normalmente ele passa rápido.

Wi-fi pago - Tá aí outro ponto que me decepcionou profundamente no Starbucks brasileiro. A internet wireless dentro das lojas é um acordo com a rede VEX. Ao contrário do que já se tornou uma tradição e motivo de atração nas lojas dos EUA, no Brasil quem quiser levar seu notebook para acompanhar um café com tranquilidade na loja terá que assinar o serviço da VEX ou comprar um cartão de acesso pré-pago. Triste que a Starbucks no Brasil resolva quebrar a regra que fez das lojas nos EUA ponto de encontro para os viajantes conectados, blogueiros, gente que não vive mais desconectado.

2 comentários:

  1. Vejamos agora, com o dolar ao preço que está, se eles nao tropicalizam alguns itens.
    Starbucks ja passava por uma serie crise, imagina agora!
    vejo starbucks somente por um unico angulo positivo. O de criar o habito de café entre os jovens. Seria o mesmo que ocorreu com os vinhos..para bebermos hoje, vinhos importados de boa qualidade, tivemos que começar com o vinho " da garrafa azul"! isso mesmo, starbucks brasil é o Liebfraumilch do cafe!

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  2. Fui a uma loja no centro do Rio, dei uma olhada, não comprei nada. Vi uns copos em plástico e vidro com canudo acoplado, pensei em comprar para meu filho. Olhei no fundo e tinha uma etiqueta com o preço R$ 99,00, só que esqueceram a etiqueta americana, e estava lá US$ 0,99. Ou seja, aqui em terras tupiniquins o preço é 100 vezes o do americano. Starbucks, NEVER!!!

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