20 de dezembro de 2009

Juan Valdez Volcan, que cana é essa?


Acabo de moer alguns grãos de café colombiano da marca Juan Valdez. Um café que eles deram o nome de Volcan, o que segundo estava escrito na prateleira da loja quer dizer café de regiões acima de 1.400m de altitude com terreno vulcânico. Até não era de se esperar outra coisa.

Claro que o aroma de café recém moído dá vontade imediata de provar na xícara. E o aroma deste Juan Valdez é ainda mais intrigante. Não muito intenso, o que podia ser até meio decepcionante pro meu gosto, mas tinha no fundo um cheiro de melaço de cana. Coisa estranha porque quando comprei os grãos o atendeste na loja da própria Juan Valdez me explicou que este Volcan era o mais forte que eles tinham. E não é que na xícara tava lá o gosto leve de cana?! Algo que lembra açúcar mascavo.

Não conheço muito a linha da Juan Valdez mas este me parece um caso específico de cafés produzidos para o mercado e para o gosto norte-americano.

14 de dezembro de 2009

Muitos e bons espressos em Nova York

Acho que não sou o único que tinha no imaginário a idéia de que o café para os norte-americanos se resumia aquela bebida rala que mais vale pela quantidade do que pelo sabor. Mesmo em viagens anteriores aos EUA eu sempre recorria a um Starbucks em alguma esquina para tomar um espresso razoável.

Pois bem. Desta vez estive por lá duas vezes, dois lugares diferentes, em menos de 3 meses. Voltei mais atento e confesso que fiquei um pouco surpreso com a facilidade em se encontrar bons espressos em Nova York, assim como na região da Nova Inglaterra.

Nova York

Até aí não vou repetir o óbvio de que Nova York tem de tudo para todos os gostos. Lógico que também tem bons cafés. Antes de viajar li com atenção a boa série de posts sobre cafés em NY do Espressa-mente, praticamente um guia de boas cafeteiras na cidade.


Somando o post do Espressa-mente e a indicação de um amigo coloquei no meu mapa a Ninth Street Espresso no Chelsea Market. Acabei passando duas vezes não
só pelo café mas pelo próprio Chelsea Market, um lugar incrível para um almoço informal, principalmente se você anda sozinho pela cidade. Experimentei um espresso curto, dos mais encorpados que me lembro, e em uma segunda visita também um cappuccino simplesmente perfeito. O aroma delicioso do café torrado da loja se espalha pelos corredores do mercado aparentemente a qualquer hora do dia.

Também em Chelsea outra boa surpresa que descobri caminhando ao acaso é o Telegraphe Cafe. Não só pelo excelente espresso, mas por todo o ambiente. Cheguei a
ficar algumas horas sentado nas mesinhas voltadas para a calçada com um croissant, um espresso e utilizando o wifi da cafeteria. Um lugar perfeito para observar com conforto a

movimentação de uma típica rua de Manhattan.
>> Telegraphe Cafe - 107 W 18th St, New York (at 6th Ave)

No Fika Espresso Bar espaço não é a maior qualidade. Nas duas vezes que entrei na loja para tomar um espresso o máximo que consegui foi tomar o café em pé no balcão voltado para a rua. O ambiente é moderno, bem apertado. Só duas mesas minúsculas que mal cabem duas pessoas. Nos horários da manhã é preciso um pouco de
paciência para enfrentar a fila. O espresso custa U$2,50, o que não é muito barato para os nosso padrões. Mas vale o investimento.

Caminhando na 42nd o Aroma Espresso Bar chamou minha atenção de longe pela fachada. Eu tinha acabado de tomar um espresso na Grand Central Station mas tive que repetir a dose no Aroma. O ambiente descolado com mesas coletivas que ficam lotadas no almoço de quem busca os bons sanduíches e saladas da casa (eu provei os dois). O café segue a linha do ultra encorpado como na Ninth Street.
Essas ficaram na memória pois foram os pontos onde estive 2 ou 3 vezes, mas não foram as únicas. Muitas e muitas outras cafeterias menores ou maiores em diferentes bairros de NY servem o espresso ao estilo europeu com perfeição.


6 de dezembro de 2009

Dicionário Gastronômico - Café com suas receitas

Já está mais do que na hora de quebrar o jejum de meses e meses sem nada novo por aqui.


Esta semana estive no lançamento do Dicionário Gatronômico - Café com suas Receitas, da Giuliana Bastos. Foi na Livraria da Vila aqui em SP.

Já confessei por aqui várias vezes que nem de perto me considero um mega especialista em cafés. Apenas gosto muito da bebida, gosto de experimentar e escrever como um simples apreciador.
E para um sujeito como eu o Dicionário da Giuliana caiu como uma luva. É simples, direto, o texto delicioso de ler, muito bem ilustrado. Podia servir só como uma fonte de consulta na estante para as horas que você quer tirar uma dúvida ou entender o que quer algum assunto ou procedimento específico do universo dos cafés. Mas vai além disso. É um belo instrumento para entender em termos bem menos técnicos do que a maior parte dos livros sobre o tema que se encontra nas livrarias por aqui.
Um bom exemplo é o FAQ no final do livro. Algo como as principais respostas que um iniciante sempre quer saber sobre café mas não tem coragem de perguntar ;-)

Ok ok, um barista, um especialista vai achar que o livro é bonito mas superficial. Porém, eu mais do que recomendo para os que são apreciadores como eu.
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